Eu e Cláudio Marinho saímos do Brasil com nossos telefones celulares – ambos temos um Treo 650, da PalmOne – determinados a comprar um chip em terras chinesas e assim evitar um “rombo” nas nossas contas quando chegarem as faturas da TIM (de Cláudio) e da Claro (minha).
Bem, a Câmara de Comércio China-Brasil ficou de fornecer um chip chinês pelo módico preço de 100 yuans (50 para o chip e mais 50 de créditos). A coisa não funcionou a contento, o chip fornecido travou. Eles nos devolveram o dinheiro de volta e ficaram de arrumar novos cartões. Os ditos-cujos não chegaram e, no corre-corre da viagem, terminamos por desistir deles.
Podem ter ocorrido duas coisas: ou os chips foram fornecidos já com defeito – numa terra em que a cópia de qualidade inferior é quase que regra, isso não e difícil – ou foram desmagnetizados. Resumo da ópera chinesa: ficamos mesmo nas insensíveis e burocráticas mãos da TIM e da Claro.
Quando fui à Claro desbloquear meu treo para o roaming internacional, tive uma explicação básica do funcionário da operadora sobre os custos de usar a minha linha de celular do outro lado do mundo.
O volume de informação era tão avassalador que quase não prestei atenção no que o rapaz da Claro – blá, blá, blá – me dizia.
Só percebi algo evidente, seria muito, muito caro usar os serviços da telefonia brasileira na China. Até parecia que o funcionário da companhia queria me convencer a não usar o celular.
Alguém me disse (não lembro quem) que um minuto de ligação da China para o Brasil por um telefone celular brasileiro não sai por menos de 17 reais. E olhe que este “minuto” podem ser apenas 10 segundos.
Basta você apertar a tecla verde do celular para ouvir o tilintar da caixa registradora da Claro operando.
Estamos esperando chegar nossas contas. Provavelmente elas já vão apresentar o quanto custou usar o celular na China.
Outro problema sério foi o desbloqueio do Treo 650 para poder utilizar o chip de uma outra companhia. Fui à loja da Claro e paguei exorbitantes 200 reais para que o serviço fosse realizado. A operadora disse que em cinco dias úteis tudo estaria resolvido.
Bem, fiz minhas contas e percebi que o desbloqueio só ocorreria no dia da nossa viagem, 30 de maio. Resolvi arriscar. Até acreditei que pudesse ocorrer antes. Nada. Impaciente, não segui o conselho de dona Marta “relaxe-e-goze”Suplicy. Procurei um “atalho” virtual.
Na Internet achei um site estrangeiro que forneceria um software para desbloquear meu telefone, pela módica quantia de 19,99 dólares.
Aceitei. Paguei com meu cartão de crédito e segundos depois recebi no e-mail um link com o programa para liberar o Treo para chips de outras companhias.
O que a Claro me prometeu fazer em cinco dias úteis, consegui em menos de 10 minutos!
Alguma coisa está errada e não é comigo.
P.S: A Claro me mandou uma mensagem pedindo para entrar em contato com a central de atendimento (por um telefone fixo), que me forneceria o código de desbloqueio do chip. O problema foi que só recebi a mensagem no Canadá. Como tinha conseguido o desbloqueio por outros caminhos, ignorei. Mas se eu queria usar era o celular, para quê ligar de um telefone fixo. Vá entender essas operadoras.
P.S:. 2 (by Cláudio Marinho)
Resolvi reproduzir aqui o comentário que Cláudio fez sobre a telefonia nas viagens internacionais:
“ennio, um lembrete aos leitores:
a minha conta no skype-out (telefonia sobre IP — usar o computador pra telefonar pra casa), que tinha um saldo de 8 euros, voltou com um saldo de 5 e pouco, apesar de tudo o que falamos com o brasil (estimo mais de 30 minutos)…
quer dizer: roaming por roaming, skype-out, isto é, cai fora do custo extorsivo das operadoras, amigo…”
É isso aí.
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