Vou revisitar o post anterior (o do senhor que faz “chorar” um instrumento de cordas). Olhei, olhei…e vi com outros olhos a filmagem indiscreta. A imagem não ajuda, a câmera digital foi feita para poses, claro — senão não vendem filmadoras, não é verdade? Mas vejam comigo uma silhueta que se move atrás do senhor. Sinto que uma visão lateral instintiva me levou a enquadrá-la, nos seus movimentos discretos e furtivos. É sem dúvida a esposa, que prepara um chá em dueto com o marido concertista. Por sorte, tinha uma foto, tirada na mesma ocasião da filmagem, para vermos em mais detalhe os instrumentos do tocador do Templo do Céu. Mas a foto, a única — ato falho — não inclui a esposa! Então, resolvi publicar, mesmo assim — desta desta vez em homenagem ao yin-yang da vida a dois, aqui ou na China. Revejam o filme aí embaixo, desta vez com o “olhar feminino”.
Archive for julho \04\-03:00 2007
Pensando bem, a vida é yin-yang, não é mesmo?
Posted in viagem à china on 04/07/2007| 2 Comments »
Um réquiem para a Velha China
Posted in viagem à china on 02/07/2007| Leave a Comment »
Numa tarde quente de junho, caminhávamoss pela passarelas cobertas que dão acesso ao Templo do Céu, em Pequim. O guia chinês contava uma história interessante: os senhores e senhoras de idade que estavam sentados ali, ao longo de todo o trajeto, eram chineses aposentados, que se divertiam das mais diversas maneiras. Uns, faziam uma espécie de karaokê improvisado. Outros, jogavam cartas, ou um tipo de dominó. Mais alguns jogavam petecas (com grande habilidade!).
Um som muito especial me atraiu a atenção. Imediatamente, chaveei a pequenina Olympus digital para a posição de filmar, certo de que não poderia perder nunca aquela chance do acaso — só assim poderia captar a música que um senhor tirava de um instrumento de uma corda só. A qualidade da imagem, óbvio, não é lá essas coisas, mas vale pela oportunidade conquistada de mostrar a vocês a ternura com que o velhinho dedicava esse som aos que passavam por ali. Ou melhor: prefiro imaginar que ele fazia isso para um passado de si mesmo, um réquiem para uma velha China que não existe mais. Confiram aí embaixo no vídeo que postei no YouTube: