A gastronomia foi um capítulo à parte da nossa viagem. Em primeiro lugar, é melhor esquecer o que a gente conhece aqui como “comida chinesa”- em especial o fast-food de shoppings e delivery.
Mas voltei com uma frustração: não consegui comer nenhuma das “iguarias” estranhas ao nosso paladar, tipo escorpião, bicho-da-seda, estrela-do-mar. Alguns integrantes do grupo conseguiram. Ficou a minha frustração.
Por outro lado, pude saborear a verdadeira cozinha chinesa – verdadeiros banquetes, de até oito pratos.
Em primeiro lugar, vale um registro não-científico, puramente empírico: a obesidade ainda inexiste entre os chineses, especialmente entre as chinesas. Não sei se essa característica será mantida diante do sucesso obtido pelo frango frito da KFC (Kentucky Fried Chicken, rede de fast-food norte-americana) nas grandes cidades como Pequim e Xangai.
Os banquetes chineses, apesar do número elevado de pratos, incluia sopa na entrada, saladas, peixe e, menor quantidade, carne de boi e de porco.
Parecia muito, mas tudo no tamanho e quantidade certos.
Com relação às sopas, experimentamos de vegetais e de frutos do mar.
Por falar em peixe, Cláudio Marinho passou poucas e boas por causa do costume chinês de apresentar – ao vivo e em cores – o peixe que seria servido (ao vapor ou frito). Em pelos menos três oportunidades, coube a Cláudio aprovar o sacrifício do animal. O passado ambientalista pesou. Na última vez, ele só fez que olhou.
A segunda vítima de Cláudio Marinho, uma garoupa ao vapor
Um capítulo à parte diz respeito ao famoso pato laqueado. Não fomos ao restaurante tradicional de Pequim, visitado normalmente pelos turistas. Degustamos o prato num restaurante mais simples, porém mais tradicional, o Guolin (foto abaixo), localizado nas proximidades de um pólo de faculdades – com forte presença de estudantes estrangeiros (Wudaokou). O que impressionou foi a quantidade de acompanhamentos, tinha até uma espécie de panqueca de trigo.
Eu, Victor Leal e Maria Luíz Borges chegando ao Restaurante Guolin, em Wudaoku (Pequim)
P.S: Para sorte de Cláudio Marinho, o pato não foi trazido vivo para a nossa conferência.