Ahaa…estas fotos ninguém tem! Pense num carnaval tranqüilo em Olinda. Era 1976 e a gente achava que a cidade era só nossa, dos moradores. O prefeito era Germano Coelho e uma turma de artistas, intelectuais, estudantes, jornalistas, agitadores, engajados, pirados e etc resolveu fazer um carnaval diferente.
A decoração da cidade foi feita por voluntários. Os blocos de classe média, em especial o Siri na Lata (“dos jornalistas”) e o “Eu Acho É Pouco” (“dos arquitetos”), fizeram a sua grande estréia no carnaval de rua. Ícones dos debutantes: o dragão artesanal dos arquitetos e o glorioso estandarte malamanhado do Siri. As fotos são raras.
“Se fugir, se fugir o siri na lata…”
“Eu acho é pouco, eu quero é mais…”
O tamborim de Noblat na preparação do Siri na Lata, Carnaval de Olinda, 1976
O primeiro estandarte do Siri
Cavani Rosas “nem-aí” pro bloco (Noblat e companhia ao fundo)
A decoração de Alcino, um dos artistas voluntários
Costurando o dragão do EuAchoÉPouco na Ribeira
A orquestra chegou! Agora tem diretoria…
Sônia e Ivaldevan supervisionam a folia
O EuAchoÉPouco quase chegando no BêbadoeoEquilibrista
são relíquias de um carnaval que não existe mais, de uma brincadeira ingênua, de uma alegria escancarada em um tempo em que o pensamento era cerrado…
viva lembrança!
viva o carnaval!
guilherme,
depois de ler tanto “tratado” sobre casos de sucesso e modismos gerenciais, nada me impressiona mais do que a sustentabilidade de um bloco de carnaval. isso sim é que deveria estar sendo estudado como case…por que você não escreve a história do euachoépouco? você viveu isso desde pequenininho, sendo filho de sônia e ivaldevan, e deve ter histórias maravilhosas.
uso constantemente, na minha prática de gestão, a frase que só os olindenses poderiam entender cemporcento: “agora tem diretoria…” não há melhor imagem para representar o momento crucial em que se alinham os astros, santos, orixás e as vontades dos pobres mortais para levar à frente uma empreitada como a da partida de um bloco no carnaval olindense.
sei que você leva consigo tudo isso pra dentro do porto digital. boto a maior fé, pode crer.
abraço de chuva-suor-e-cerveja.
Oi CM,
Só passei a curtir o carnaval de Olinda 10 anos depois, e
curtia muito o Eu acho é pouco, quanto ao Siri desde 1986 ia
a todos os bailes, em diversos “salões” do Cais da Alfândega
à Torre Malakoff, porém no Líbano com Rita Cadillac… é um
pouco de menos!
Bjs,
AngelaN
angela,
esses 10 anos fazem uma graaaannnnde diferença….:)
abraço
Cláudio,
O euachoépouco é vivo pq seus fundadores conseguiram transferir a paixão pelo carnaval aos seus herdeiros e nós transbordamos essa paixão… o bloco simplismente exite pq ainda existe paixão.
Temos um projeto para a edição do livro dos 30 anos do bloco, já foi aprovado na lei rouanet, e corremos atrás de patrocinador.
Além do livro, esse ano fizemos a captação de 80 horas de euachoépouco, com baile, feijoada da velha guarda e 4 dias de carnaval. No momento, este material está no Rio em edição por uma amiga nossa (filha de velhos foliões). Pretendemos apresentar esse documentário no ano que vem.
Em janeiro vamos finalmente lançar o site euachoepouco.com.
E assim o bloco vai… até a próxima geração ou fim da paixão.
Abraço, Guila
céeeeees!
Marinho, que arquivo do fundo do baú! além de noblat e cavani, vc identifica mais “coleguinhas”? já já (digamos daqui a 30 anos!!!!) sou eu postando fotos de velhos carnavais.
abraço
cecília,
faça um procurando-wally junto com uns coleguinhas seus aí da redação mais antigos, aí acho que voce vai encontrar outros…veja especialmente as meninas, que tinham a tradição de disputar o papel de porta-estandarte…rsrs
[]s
marinho,
no baile do siri, na última 6a feira, fomos apresentados por ricardo carvalho. vc me deu seu cartão, lembra?sou mari, jornalista q em 1976 bordou o primeiro estandarte do siri na lata, desenhado por wagner.
então, entro agora no seu blog e me deparo com as 1as fotos do bloco do siri, em preto e branco. realmente são poucas as fotos do siri porque a maioria do fotógrafos estava brincando no bloco. de qualquer maneira, vou contatar a pii e o márcio di pietro para ver se eles têm mais algum registro daqueles 1os anos e envio pra vc. vc com certeza já deve ter falado sobre isso com xirumba, certo?
para mim, as fotos parecem retratar um tempo mais distante do que é, pelo menos na minha cabeça. é bom quando ficamos com nosso imagem jovem na memória. o que continua jovem apesar dos cabelos brancos, é o espírito bem humorado da sátira que é a chama do siri, e que não pode se apagar. obrigado por mantê-la acesa. de minha parte, vou colaborar no que puder pra enriquecer essa memória.
um grande abraço,
mari
(61) 9941-2252 (aqui meu cel está fora do ar)
(61) 3447-8545 R. 215 (assessoria de imprensa do confea), onde atuo e volto a trabalhar dia 15 de fevereiro.
em olinda, onde me hospedo, no estúdio de pedro ernesto, o fone é (81) 3439-6852.
oi mari,
que bom que você “enriqueceu a narrativa” dos primórdios do siri…
sabe de uma coisa? muita gente me pergunta quem era quem nas fotos…você poderia fazer um “procurando-wally” nelas e citar aqui os nomes? mostrei a ricardo carvalho e ele identificou algumas pessoas…mandei pra noblat e ele confirmou que era o do tamborim mesmo..
grande abraço, nos vemos em olinda…
cm
ps. não falei ainda com xirumba…vou perguntar a ele
é maravilhoso o trabalho de todos vcs o brigada por fazer parte da minha alegria no carnaval, em especial a ceci meira que me deu a felicidade de me enviar este blog .
um grande abraço
leila bastos( leiloca para amigos de carnaval)
Marinho,
Obrigada pelo presentão!
Meu nome é Eliana Sabino.
Eu estava lá em 73, 74, 75, 76 e por aí vai. Passei um tempo sem ir e voltei em 89. Já não era a mesma coisa. Nunca mais fui. Agora estou revisitando as minhas mais caras lembranças e vou pro carnaval de Olinda, vou ficar numa pousada na rua do Amparo, rua onde morava minha irmã, Virgínia, não sei se você conheceu. Ela e a Pii moraram juntas durante muito tempo na Travessa de São Francisco, ali bem bem frente ao Cruzeiro, onde ajudei no parto do Segura a Coisa, com Xirumba, Negão Aldifas, Miucha, Cafi, Carlos (que criou a primeira camisa do bloco), Ângêlo, Valdir e tantos outros e outras. Vi o Eu Acho é Pouco filhote, os integrantes meio caretas, todos gritando: Eu acho é pouco! Eu quero é mais! Este é um brado que carrego na vida.
Depois vi nascer o Eu Acho é Pouquinho, da nova geração.
E por aí vai. Numa incrível demonstração de sincronicidade fui parar aqui por acaso e você abriu uma porta para onde eu acabava de abrir uma janela. Mais uma vez, muito obrigada,
P.S. Tenho o emblema da primeira saída do Segura a Coisa, o macacão dos 30 anos da Pitombeira e a camisa de 1987 do Eu Acho é Pouco, que vou usar com orgulho no próximo carnaval.
E,S.
oi eliana,
que bom que você se reencontrou aqui na porto marinho — porto de chegadas e partidas.
e obrigado pelo relato comovido, que me transportou mais uma vez pro meu tempo em olinda aos seus olhos — vidas paralelas. quem sabe não cruzamos muitas vezes os meus caminhos…
eu morava no alto da sé, na casa que veio a ser casa/ateliê de luciano pinheiro e vera millet, 1976. e gostava muito das tardes de sábado de jogar volley na praça do carmo com pii, xirumba etc.
fui muito amigo de waldir afonso e regina, curtia muito as fotos dele.
e ainda moro em olinda, rua da boa hora…rsrs.
último dos moicanos.
fique à vontade por aqui.
talvez nos vejamos no carnaval.
abraço,’
claudio m
Claudio,
Obrigada pela sua simpática resposta. Realmente devemos ter nos cruzado. Me diga se você se lembra da Virgínia.
Achei uma foto dos primórdios de um bloco que, pelo estandarte caprichado, não é de um bloco qualquer. Mas não dá pra ler o nome. Achei que era o primeiro do Siri, mas ele não bate com a sua foto. Pode ser do Segura. Me diga como posso te mandar a foto pra ver se você identifica o bloco.
É bem possível que nos esbarremos em uma das esquinas mágicas de Oh! linda.
Abração,
Eliana
Salve Eliana Sabino,
Meu nome é Rodrigo. Sou filho de Ziza, e conheci Virgínia e Sacha durante os anos 70 ! Também sou afilhado de Pií, e convivi com todas as pessoas citadas aqui neste blog !!!! E do outro lado, o meu pai, Josemir Camilo, foi um dos fundadores do Nós Sofre Mas Nós Goza com o pessoal da Livro 7 e junto com Alcino, saíam por olinda com a famosa Cobra !
Cordiais e saudações.
Rodrigo, só hoje vi teu post. Te mandei uma mensagem pro FB. Me escreve!
caro Claudio Marinho,
Meu nome é Bruno, e cheguei no seu porto hoje. Gostaria de saber se é possível entrar em contato com você por e-mail? Certa vez escrevi algo sobre o segura a coisa dos anos 80. Aguardo um contato sobre a minha demanda. Grato
bruno,
manda um email pra mim: cmarinho@gmail.com
Nesse caso, acho que a palavra chave é a “convergência”, as pessoas estão realmente focadas e convergindo para um único objetivo, brincar o carnaval de rua.
claudio, que bom achar você aqui na internet!
ver as fotos dos blocos foi uma viagem no tempo, estou olhando com lupa pra reconhecer alguém.
tambem participei do comecinho do ‘siri’, porque era jornalista e aquele era o nosso bloco. mas saí algumas vezes no ‘eu acho é pouco’ pela minha grande amizade com soninha e ivaldevan e vera millet (com quem ainda falo no facebook). ainda no comecinho de tudo, nossas crianças quase bebês.
depois dava um pulo no recife pra sair no bloco do tarcisio, da livro 7, o ‘nós sofre, mas nós goza’… e um dia surgiu outra agremiação querida, o ‘segura a coisa’… caramba, uma grande viagem às memorias afetivas mais queridas.
era muito bom morar em olinda naquela época – xirumba, negão aldifas, soninha e van, vera e luciano, você e luci, angela freitas, regina e valdir (meu parceiro), pii, os jogos de volei na praça do carmo, a cerveja e o super sanduiche de carne assada do déo, a pitombeira, pii e os gatos, a radiola de ficha da naná…nossa vida simples e rica e feliz.
muito bom, muito bom.
grande beijo – espero que vc ainda se lembre de mim! rsrs
ah – ainda tenho um colarzinho feito pela virgínia sabino, ela fazia joias lindas…
Claudio, tem como você mandar essas fotos e esses comentários para David? Ele é fundador do Siri e sempre foi ao Eu acho é Pouco. “procurando-wally”ho que ele pode colaborar bem no “procurando-wally”. bj
ficou tudo torto no final, era para digitar “acho que ele pode colaborar bem no “procurando-wally”. beijão
sobre o primeiro estandarte do Siri esclarecer que eu, mais Silvio Pinangé tivemos a ideia de comprar o pau de algodão doce e rachamos o custo entre nós. disputamos quem o ergueria e ganhei na porrinha melhor de três.
De passagem vejam artigo de fernando mota lima e os respectivos comentários na Revista Será? Mas daqui a pouco, pois estou escrevendo o meu.
Claudia, Eliana Sabino de novo, de um post aí de cima. Na sua resposta vc mencionou o Waldir Afonso, pessoa que estou procurando há anos. Estive ai, perguntei a Piii e outras pessoas, ninguém sabia. Como também do Ângelo, pai da Luanda da música do Alceu (Xirumba-ba…). O Waldir morava perto da Pii, acho que na travessa de São Francisco. Ele está em São Paulo? Se vc tiver um contato dele, pode me passar?
Um abraço forte pra você.
Eliana
Acabo de ver no post da Beth Salgueiro uma menção à minha irmã Virgínia.
ei eliana … infelizmente, não sei do paradeiro de waldir … :((( se souber, me diz.
Que boa essa postagem…reencontros.
Hoje, 17 de fevereiro de 2017 tem mais um baile do Siri. Os fundadores sobreviventes estarão presentes, mas são cada vez menos a cada ano
Claudio, olá. Me sinto muito orgulhosa de ser fundadora do Eu Acho É Pouco moradora da 13 de maio n. 47. A chama que inspirou a criação do bloco ainda está muito viva – a da defesa da democracia e contra golpes políticos. Tenho acompanhado as saídas do bloco e ido ao baile que continua a me emocionar. foi muito bom rever fotos e ler seus comentários
oi virginia! eram outros tempos. a cidade na escala humana. nós todos cabíamos no bar de naná ou no bar da mangueira. :)))
[…] of Recife, the more recent groups include political themes, such as with Eu Acho é Pouco (PT) in the 1970s for party-goers to protest against the military […]
Que bom recordar a história!
oi eliana sabino e claudio marinho.
ainda tenho contato com valdir afonso, eramos parceiros em muitas e muitas reportagens que fizemos juntos, eu escrevendo e ele fotografando… ele mora em SP, não sei o endereço, mas está no facebook – https://www.facebook.com/valdir.afonso.7
eliana, virginia era nossa amiga. lembra daqueles colarzinhos de continhas bem pequenas que ela fazia? ainda tenho o meu…
beijo pros dois…