Diante de tudo que vimos na China, uma pergunta não quer calar: qual seria a opinião de Mao Tsé-Tung sobre a abertura econômica do País, com seu capitalismo de Estado?
O que o líder comunista acharia do fato de um complexo hoteleiro próximo à Grande Muralha ter sido batizado como Comuna, apesar de reunir símbolos da opulência capitalista, como spas de luxo, restaurantes de padrão internacional e bangalôs de alta categoria?
Pois é.
No dia em que fizemos o nosso passeio pela Grande Muralha, estava planejado um almoço na Commune By The Great Wall, administrada pelo Kempisnki Hotel – onde nos hospedamos em Pequim. Reproduzo o cardápio do nosso almoço.
Sinceramente, é coisa para Mao se revirar no túmulo. Em determinados momentos parecia que, na minha opinião, estávamos profanando solo sagrado do comunismo. Como dizem os americanos, “bullshit!”
Pois, apesar da aparência de uma construção socialista do passado, num estilo que lembrava o Parque Dona Lindú e outras obras mais expressivas de Oscar Niemeyer, a Comuna na realidade é um projeto milinionário realizado por 12 dos mais importantes arquitetos da China, Japão, Coréia do Sul, Taiwan, Hong-Kong e Tailândia.
A expressão comuna sempre representou o ideal de uma sociedade perfeita baseada nos ideais marxistas e socialistas. Agora servia para encontros de grandes empresas, festas privadas e até para casamentos.
Considerado um dos “100 melhores hotéis do mundo”, a Comuna da Grande Muralha já foi aproveitada por celebridades como as atrizes Renée Zellweger (“Bridget Jones” e “Cold mountain”) e Michelle Yeoh (“O Tigre e o Dragão” e “Memórias de Uma Gueixa”) , pelo diretor Anthony Minghella (“O Paciente Inglês” e “O Talentoso Ripley”) e pelo campeão de Fórmula 1 Juan Pablo Montoya.
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